Meninas, já disse aqui e repito que antes de desejarmos absurdamente alguma coisa nada mais justo e fino do que saber da onde ela veio, o que significa e o porque de seu valor.
Então como muitas desejamos artigos Louis Vuitton, achei justo dividir com vocês um pouco da história da bolsa queridinha.
Vamos lá :
O jovem Louis Vuitton era um layetier, - especialista na arrumação dos baús da alta sociedade, trabalhava para aqueles que viajavam com uma quantidade gigantesca de roupas e acessórios difíceis de condicionar nas bagagens.
A habilidade que tinha em guardar artigos finos leva a fama do rapaz nascido em Lons-le-Saunier aos ouvidos da Imperatriz da França, a bela princesa Eugênia, uma espécie de Lady Diana de seus dias, que passa a contratá-lo para organizar as bagagens de suas viagens e as de suas damas de corte.
Vocês podem imaginar que a tarefa não era nada fácil apenas olhando para o tamanho das roupas.
Lembram que postei o perfume dela no post do Museu ?
Com a nobre cliente, segue a nobreza e a burguesia endinheirada, o que acelera o passo seguinte na trajetória de Monsieur Vuitton. Em 1854, ele abre um estabelecimento na “Rue Neuve-de-Capucines” especializado nos serviços de arrumação de malas, mas acrescenta o de fabricante e o de vendedor de malas, com os dizeres na entrada: l´âme du Voyage (em português, a arte de viajar).
Olhem algumas imagens da verdadeira arte que se iniciou :
Era agora um maletier, do francês maleteiro, fabricante de malas e marroquinerrie (acessórios em couro).
Em meio a um século XIX em pleno apogeu da Revolução Industrial, o passo seguinte foi desenvolver baús chatos, que permitiam ser facilmente empilhados nos trens e transatlânticos – os novos meios de transporte.
Tão boa foi a fórmula que a concorrência logo estava copiando.
Mas seu filho, Georges Vuitton, consegue driblá-la ao ter uma sacada, em 1896, que entraria para a história: estampar no couro do baú as maiúsculas do nome do pai, junto a um jogo de positivo e negativo composto de figuras estilizadas que lembra o naipe de um baralho, como elemento diferencial decorativo.
Podemos assimilar o simbolo também as rosetas góticas :
Ou até as heráldicas japonesas :
Em 1860, Vuitton abre uma loja na “Rue Scribe” e ergue um atelier em Asnières, até hoje a central de produção da marca. Ele, fornecedor de malas dos mais régios viajantes – o rei da Espanha, o sultão do Egito, o czar da Rússia – finca uma loja em Londres, em 1885, e se torna um símbolo por suas contribuições criativas, funcionais e de altíssima qualidade na arte de viajar.
O leito de viagem dobrável (1879).
Os fechos com logotipo (1890).
O baú Wardrobe com cabideiro e gaveteiro (1907), onde cabiam 5 ternos, 1 casacão, 18 camisas, 4 pares de sapatos, 1 chapéu, 3 bengalas e 1 guarda-chuva. Em 1914, o sucesso leva seu filho a inaugurar no Champs Elysées a maior loja de artigos de viagem da Belle Époque, com 1200m2.
A marca vai conquistando outros continentes, desenvolvendo produtos impecáveis e edições exclusivas criadas por encomenda.
Em 1954, a Maison festeja o centenário.
No início dos anos 1980, a empresa parte para a implantação da marca no mundo.
Sete anos depois, deixa de ser uma empresa familiar e se une à Möet Hennessy criando o grupo LVMH, tendo à frente o todo-poderoso Bernard Arnault.
A fusão resultou em várias coisas: o lucro da LV aumentou 49% comparado ao ano anterior e a marca passou a contribuir em ações como o restauro da biblioteca do L´Opera e doações ao Musée dês Arts Décoratifs, ambos em Paris, corridas de bar caso, exposições.
Para quem se interessou e quer saber mais da história o livro “100 Legendary Trunks” conta tudo da marca, com cerca de 800 imagens e muita história.
Olhem um pouco dele no vídeo á baixo :
Claro que mesmo com o post ficando grande a história é muito maior e cheia de detalhes, mas espero que tenham gostado da maneira que tentei reduzir.
Beijinhooos!
Uauuu, é a primeira vez que visito o blog e de cara vejo este post super mais! Bjinhus
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